Sem as flores quem as notaria? Agarradas aos trocos e galhos elas vegetam. Da umidade do ar retiram parte da água da qual necessitam. Aguardam a chuva e o sereno. Nutrem-se do que as águas trazem ao escorrerem pelas cascas das árvores que as abrigam. Uma sopa de todo e qualquer resíduo que possa existir por lá, como aquele inseto que morreu numa fenda, o pó do chão que em suspensão ficou ali, o descarte de nutrientes que as folhas das árvores eliminaram pela respiração... a água lava e leva a tudo... e suas raízes, expostas ao tempo captam as sobras.